sexta-feira, 30 de setembro de 2011

É tão complicado compreender-te quando te fechas nesse casulo emocional e finges ter perdido o coração. É como se te esquecesses que esse coração que bate dentro de ti me pertence e que de cada vez que o descuidas eu morro um bocadinho. Quantas vezes já morri em ti?
Gosto muito de ti, sabias? Gosto de ti como se gosta de uma flor, de um lugar, de um gesto. Gosto de ti de uma forma simples, como só eu sei gostar. É que, meu querido, o amor sufoca-nos a alma e eu não quero isso. Não te consigo amar porque gostar tanto de ti, por gostar demasiado de ti. Quantas vezes já morreste por não compreenderes a minha afeição por ti?
Morremos tanto um no outro, não morremos? Desencontramo-nos tantas vezes que quase me esqueço do sabor da tua pele, do teu cheiro em mim. Perdemo-nos tantas vezes, meu querido. São tantos estilhaços de alma no chão dos nossos corações. É como se funcionássemos em tempos diferentes e dançássemos um com o outro em ritmos opostos. Quantas vezes já morremos por não sabermos amar em uníssono? Quantas vezes nos desvanecemos por não sabermos ser um só?
Lembra-te só que eu gosto muito de ti, está bem?