quinta-feira, 12 de abril de 2012

Amor e Aspirinas

Há palavras que são como calmantes para a alma. Pelo menos para a alma feminina que (sobre)vive em constante busca pela agulha no palheiro ou amor, como lhe quiserem chamar. O importante é encontrar "aquela" pessoa, mesmo que não saibamos minimamente o que procurar, mesmo que no fundo estejamos demasiado escondidas e encolhidas para sermos encontradas. 
E quando se encontra alguém que preenche os requisitos (porque hoje em dia até a paixão tem de se sujeitar a testes de compatibilidade) chama-se de amor, jura-se a eternidade e oferece-se a lua com um lacinho. E se as coisas não correm bem, porque quando o assunto é sentimentos o terreno é sempre instável e selvagem, cai-nos o mundo em cima e chove-nos pelos olhos. É que encontrar companhia para as noites frias de Dezembro e que ainda por cima nos chama de "minha querida", não é tarefa fácil.  Mas se tudo corre bem, mulher que é mulher desconfia. Já se sabe como é, os homens são todos uns patifes da pior espécie e se nos tratam como princesas é porque já fizeram alguma. É por culpa. Só pode. 
Por isso é que o amor, por mais que seja procurado e desejado, não vinga. Porque ou é visto como uma espécie de mito grego apenas destinado aos mais iluminados ou é descartado como um guardanapo usado, entre diálogos amargos e pratos voadores. 
E se tudo correr mal, toma-se uma aspirina e continua-se à procura.