domingo, 15 de março de 2009

What I am

O que eu sou ou quem sou, pode não estar ainda inteiramente definido. Não está e eu sei disso. Mas tenho a minha personalidade. Sou o que sou. Já tentei mudar, até vezes demais suponho eu. Mudei por quem não devia e mudei por quem julguei que merecia, nem sempre as mudanças foram boas, não de todo. Hoje, cansei-me de tentar mudar, aprendi que mudar, mudamos sempre e que as melhores mudanças são as que fazemos inconscientemente, são aquelas que as circunstâncias da vida nos obrigaram a fazer essas são as verdadeiras mudanças. Sobre a minha personalidade, é minha. Não é perfeita, está longe disso. Mas sinceramente não a imagino de outra forma. Não seria minha. Sou espontânea e genuína, não consigo fazer esquemas nem planear as coisas, faço o que no momento me surgir. Detesto a hipocrisia, o cinismo e a mentira, acho que são completamente desnecessários. Se já menti? Já. Não me orgulho, arrependi-me, caí e ergui-me. Hoje penso de forma diferente. Tenho consciência que quando menti a maioria das vezes foi para não magoar alguém, mas isso não invalida o meu erro. Já me fartei de me preocupar com o que os outros pensam, se tentarmos agradar a todos nunca seremos nós próprios, além disso, nem mesmo eu me conheço profundamente, sei que há sentimentos que nunca senti, existem experiências pelas quais nunca passei, e tenho a certeza que dentro de mim existe uma força que não conheço inteiramente mas quando eu precisar vai surgir. Já fui ignorada mas também já fui escutada e mal interpretada, as palavras são suficientemente imperfeitas para cada um construir o seu mundo e a sua realidade completamente independentes do outro através das mesmas palavras,sei que na altura sofri com isso, questionei me se não seria melhor ser ignorada, não ser ouvida. Hoje sei que não. Posso ter sido mal interpretada, mas fiz-me ouvir, expressei-me. Essa é a minha missão viver, e deixar o mundo um bocadinho melhor do que o encontrei. Já tive vontade de chorar até desaparecer e já julguei que ia morrer afogada nas minhas próprias lágrimas. Mas sei que o pior mesmo era não sentir, antes chorar e dar gargalhadas, do que viver sempre satisfeita e acomodada. Não, isso não é vida para mim. Eu preciso de lutar de ter objectivos, tenho necessidade de viver intensamente. Sou super sensível e emotiva. Sou capaz de chorar a ouvir um desconhecido desabafar ou a ouvir música. Rir é completamente indispensável, sou feliz e basta. Já passei por momentos difíceis, não faz de mim uma coitada ou uma infeliz, antes pelo contrário, ajudou-me a crescer e a dar valor ao que tinha, mostrou-me todos os motivos que tinha para sorrir era muito superiores aos que tinha para chorar. Chorar não tem de ser tristeza e para mim não representa nenhuma fraqueza, mas sim a coragem de assumir um sentimento. Hoje nem que seja apenas por hoje, eu consigo olhar para o passado e reflectir, agarrar nas memórias e sorrir, ser livre e não ter medo de lutar, enfrento o hoje com um sorriso e com os olhos de uma criança pronta para aprender algo novo. E sei que vou conseguir enfrentar o amanhã junto de quem amo, com os erros sempre presentes para não os voltar a cometer e me lembrar do que me fizeram aprender, mas acima de tudo, eu sei que foram eles que me ajudaram a erguer.