domingo, 11 de julho de 2010

Sou de extremos e anulo-me constantemente. Sou repleta de nuances e por vezes encontram-se picos incadescentes - complicado é encontrar zonas monocromáticas, mas creio que também as há. Mudo conforme o tempo, e julgo que sofro de uma espécie de depressão sazonal invertida, ou como diria a minha avó - manias minhas que ocorrem especialmente quando me dá mais jeito.Sou de vontades e demasias. E os exageros são o meu forte.

Tudo o que me ultrapassa, é exactamente aquilo que mais me encanta; mais me fascina. Sou um pouco torcida e com algumas fendas. Tenho uma personalidade forte e vincada, mas que se altera conforme os ventos; conforme o coração o dita. Tenho um certo grau de demência e muitas vezes não faço sentido. Sou de instintos e intuições. Tenho uma independência meio-dependente e um coração danificado. É assim que gosto das pessoas, um pouco danificadas, diferentes na sua própria individualidade, originais, e sem meios-termos. Sou de ódios intensos - quase de estimação; e de paixões avassaladoras - quase destruidoras.

Sou impulsiva e decidida. Não deixo que me parem;que me tentem domesticar, simplificar. Odeio simplificações - perde-se o mundo no meio delas.

Tenho várias paixões, vários interesses. Mas a paixão que tenho por mim é a maior delas todas. Tudo me cativa, mas honestamente, ainda nada me prendeu.