Nós, palavra tão curta e com tanto significado. Tu e eu, nós dois e nada mais, como é bom olhar para o passado e rever todos o momentos que partilhámos, como dói seguir em frente sem estares a meu lado. A culpa é minha, fui eu que destrui o nosso castelo, fui eu que disse que era melhor acabar com tudo, sim fui eu. Tu sabes que eu o fiz não por já não gostar de ti, mas porque a distância era mais forte do que eu, destruí o que tínhamos construído porque não conseguia mais aguentar falar contigo sem te ter perto de mim, porque cada mensagem, cada telefonema só me faziam lembrar mais a tua ausência. A tua presença artificial só me consumia mais, eu não queria mensagens, eu não queria textos, eu queria o teu calor, queria o cheiro do teu perfume (ainda tenho o teu casaco, e o teu perfume continua lá, mas por quanto tempo?), queria a forma como me olhavas, queria o teu toque, o teu abraço, queria-te a ti. Sabes que sou fraca. Se pudesse talvez tivesse feito as coisas de uma maneira diferente, mas quando já não existem mais lágrimas para chorar, quando o desespero nos comanda e quando as palavras das mensagens parecem cada vez mais frias e desprovidas de significado, mais vale conservar as memórias dos tempos de glória, do que sofrer por um futuro impossível e desgastado. Gostava de ter pensado numa maneira diferente de fazer as coisas mas não consegui, a minha impulsividade e imaturidade tomaram conta de mim, se pudesse fazer diferente, fazia, se pudesse pedir desculpa, pedia e se pudesse agradecer por tudo agradecia.
Sinto a tua falta.