tag:blogger.com,1999:blog-4855929225657890772024-03-12T23:24:38.998+00:00Messy RoomMargarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comBlogger97125tag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-20454657453213856512015-05-20T12:29:00.004+01:002015-05-20T12:29:41.165+01:00<br />
<div style="text-align: justify;">
Quero tudo. Não sei o que quero. Mas quero sempre mais. O meu coração bate de urgência por mais. Nunca é suficiente. Tenho todos os sonhos do mundo e nada no coração. De tão cheio ficou vazio. Transbordo intensidades por todos os poros, o amor escorre-me pelos olhos. E nunca te vou conseguir amar. Nunca vou saber gostar de ti quando te quero tanto tanto que torno meu. E sacrificaria a minha vida pela minha liberdade, pela minha vontade de fugir. Sacrificaria tudo por uma causa, mas na verdade vivo sem razão. Fico louca, tão louca e só quero o mundo nas minhas mãos. Tenho uma necessidade extrema de sair daqui, de todos os lugares, de mim. Não sei pertencer a nada, não posso ser de ninguém. Não me ames, por favor. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não posso ser o teu lar, não posso habitar em ti. Não te sei dar mais do que a vida me pulsa nas veias. Não sei ser mais do que a eterna perdida que não quer ser encontrada. Não me procures. E chamar-te-ia de amor só para acalmar o teu coração, poderia chamar-te amor mas a minha na minha língua perderia o significado. Mas o teu corpo no meu poderia ser tudo. E eu quero tudo. Agora. Não te faço promessas, não tenho o futuro. Não tenho nada. Mas quero tudo. Quero-te tanto. </div>
<div style="text-align: justify;">
Não me ames. Não me ames. Eu não sei como te amar. Eu iria destruir-te e assombrar os todos os teus lugares favoritos e depois não iria voltar. E sem mim nem tu poderias voltar. Acordar-te-ia a meio da noite para ouvir o som da tua voz e depois não te diria nada antes de me ir embora. Quem sabe um dia, quem sabe de vez. E eu até podia velar o teu sono tranquilo, mas não te posso prometer não te acordar em sonhos com o pesadelo da minha ausência. E se eu soubesse ser de outra forma pediria que me perdoasses, prometia mudar. Mas sou essência em bruto e não conheço outra forma de existir - tudo e nada misturados num paradoxo esquizofrénico. </div>
<div style="text-align: justify;">
E eu acho que talvez até fosse capaz de amar. Amar-te-ia tanto que te roubaria o ar. Amar-te-ia tanto que o teu coração ficaria negro de tanto amor. Por isso não me ames. Não me ames porque eu quero tudo e acabo por ser um nada gigante. E não se pode amar o vazio. É destrutivo e solitário. </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i> Não me ames, meu amor, não me ames. </i></div>
<br />
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Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-30790575674859173672015-04-30T16:46:00.001+01:002015-04-30T16:46:06.394+01:00<div style="text-align: justify;">
Já nem sei quantas vezes bati com a porta de tua casa e disse que te fechava o meu coração. Não sei quantas vezes te disse que estava farta deste meio-termo, que preferia não te ter do que te ir tendo. Tudo para acabar nos teus braços, agradecida por teres arrombado as portas que teimo em fechar. </div>
<div style="text-align: justify;">
Mas estou mesmo cansada. Estou cansada que que me peças para ficar, sem nunca me deixares passar do hall de entrada. Cansada que me prendas a ti sem nunca me abraçares. Estou cansada de metades quando te quero por inteiro. Vivemos à base do quase: um quase amor, uma quase felicidade, quase para sempre. E não é justo. Não é justo não saberes ficar comigo, nem sem mim. Não é justo que me atires umas migalhas de amor quando me vês definhar, apenas para me voltares a deixar moribunda e ao frio na entrada do teu coração. Não é justo. </div>
<div style="text-align: justify;">
E depois de tudo não sei do que tens tanto medo. E lamento imenso que esse medo te paralise os sentidos, lamento que te impeça de ser feliz. Lamento acima de tudo que nos impeça de sermos felizes. Juntos e sem meios-termos. Mas preciso que percebas de uma vez por todas que não posso servir de espanta-espíritos. Não me podes deixar à tua porta para te proteger dos teus fantasmas. </div>
<div style="text-align: justify;">
Já não sei quantas vezes bati com a porta. Por isso não bato mais. Mas não estranhes se a deixar aberta para o teu coração vazio. Vou-me embora e não quero que me procures. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-28536705057398956332012-11-26T23:38:00.000+00:002012-11-26T23:38:02.495+00:00<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Quero fugir. Fugir de tudo, fugir de nada. Fugir de mim.
Às vezes não aguento a minha própria companhia, não aguento a nostalgia, a mágoa,
a solidão que me assaltam o coração. Não suporto o vazio da alma. Não suporto
saber que não sou suficiente. Que estou tão longe de ser o que gostava. Afogada
num oceano de ressentimento e saudade. Onde estás tu agora? Ainda me consegues
sentir?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> Quero
fugir. Quero fugir dos sentidos, da memória, do peso dos dias. Quero fugir da
merda da tua ausência. Mas sempre que me apanha sozinha e vulnerável grita-me
obscenidades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"> E eu só
queria que estivesses comigo no fim do dia. Só gostava que estivesses aqui
quando perco o brilho e o mundo se esquece de gostar de mim. Tu sabias sempre
como me fazer sorrir e essa é a melhor maneira de amar. <o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sinto a tua falta<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sinto a minha falta<o:p></o:p></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Sinto a nossa falta<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;">Porque é que tu já não consegues sentir nada? Eu juro que
isto é demais para mim. </span><span style="font-family: Eras Light ITC, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-90111968166987224282012-07-11T02:33:00.001+01:002012-07-11T02:33:22.407+01:00<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Sinto a tua dor, mesmo sem te tocar; transborda-te dos
poros e esfaqueia-me o coração. Preciso de te abraçar e deixar a tua dor
escorrer em mim, roubar-te esse sofrimento que enegrece o olhos e destroça os
sonhos. Quero tanto salvar-te, meu querido. Tanto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Sou o antídoto para os teus demónios, o teu porto de
abrigo no meio da tempestade. A tua dor mata-me, mas é essa morte que me faz
viver; a destruição que me causas com o peso das tuas lágrimas, após a
violência dos teus actos tem um sabor demasiado agridoce para lhes conseguir
escapar; para lhes querer escapar. Somos feitos um para o outro: eu que te
sirvo de armadura contra a erosão dos dias, heroína de cristal que te vela os
sonhos e repara as fendas da alma; e tu que és a felicidade distorcida que me corre
nas veias, príncipe encantado amaldiçoado, essência em bruto e, ainda assim,
fragmentada. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"> Deixa-me ser a tua salvação de algibeira, oferecer-te as
asas que perdeste e levar-te três metros acima do céu, onde somos invencíveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-30478609278524328812012-07-11T02:20:00.000+01:002012-07-11T02:20:03.963+01:00<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: #17365d; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Já
nos habituámos a viver neste limbo, qual bailarina na corda bamba, são as vertigens da ausência. Aprendemos da pior forma que a intensidade desmesurada sufoca a alma e inebria os sentidos. Sabemos que não podemos ser eternos,
porque juntos nos esquecemos de respirar. Mas podemos ir mergulhando juntos,
enquanto tivermos ar para isso, enquanto conseguirmos ser fragmentos de uma
eternidade ilusória, um pleno que jamais conseguiremos alcançar por sermos
excessivamente um do outro. Os excessos nunca são inteiros. Nunca são o
suficiente. É pena. </span><span style="font-family: 'Eras Light ITC', sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-2857178048402193872012-06-10T20:15:00.000+01:002012-06-10T20:15:33.236+01:00<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tenho saudades tuas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Às vezes gostava de conseguir escrever sempre que sinto a tua
falta, sempre que me relembro de ti, sempre que descubro algo novo para amar.
Gostava de conseguir escrever-te a toda a hora para nunca me esquecer de nenhum
fragmento teu, nenhuma nuance da tua essência que me ajude a manter-te perto,
mesmo estando tu tão longe. Mas não consigo – estás demasiado enraizado em mim.
Demasiado tudo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Tu sabes que escrever é a minha catarse, o exorcismo dos meus
demónios, o esconjuro das minhas dores. E tu, tu sempre foste a minha virtude,
a melhor parte de mim. E eu admito, eu admito que tenho medo de te perder nas
entrelinhas dos meus sentimentos atropelados, de te escrever até à exaustão do
significado da saudade. Quero que permaneças incólume à erosão dos dias e à
melancolia das horas. Quero que continues em mim no teu expoente máximo, sem
cair na tentação de divinizar-te ou inventar-te como se faz aos mortos. Não
preciso disso, tu sempre foste suficientemente bom; na verdade, sempre foste
bem mais do que apenas suficiente. Eras inteiro e acho que isso diz tudo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">E eu lembro-me de quando te encostavas em mim e dizias que não
entendias a minha fé quase cega num deus tão mal acabado. E depois sorrias,
sorrias com o corpo todo e explicavas-me que não tinhas fé no meu deus
desastrado, mas em mim que tinha todos os sonhos do mundo nos olhos. E eu ria
como menina que era, porque a tua divinização da minha pequenez humana era
quase absurda. Mas acreditava. Acreditava em tudo o que me dizias, pela simples
razão de seres o que de mais verdadeiro tinha. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Hoje dou-te razão. Hoje também não entendo como tinha tanta
fé num deus que te roubou de mim. Um deus que nos matou aos dois e ainda teve o
descaramento de permitir que o meu coração moribundo continuasse a bater e a
lutar por uma vida que não valia metade sem a tua. Mas até na morte me deste
alento, até morto me deste algo em que acreditar. Hoje não tenho deus, tenho-te
a ti e às nossas memórias e vou rezando a um vácuo qualquer para que isso seja
suficiente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mas tenho saudades tuas. Terei sempre saudades tuas. Porque
nem a tua divinização me consola. Porque a tua imortalidade me parece distante
da minha realidade e custa-me não sentir o calor do teu abraço, a serenidade da
tua gargalhada. Porque tu eras o meu alicerce e não me posso erguer no
abstracto. Tenho saudades tuas, no fundo é só isso. E esse <i>só </i>já é demasiado. Demasiado como tu.<o:p></o:p></span></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-52179101007587022772012-04-12T23:52:00.001+01:002012-04-12T23:52:24.747+01:00Amor e Aspirinas<div style="line-height: 16px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Há palavras que são como calmantes para a alma. Pelo menos para a alma feminina que (sobre)vive em constante busca pela agulha no palheiro ou amor, como lhe quiserem chamar. O importante é encontrar "aquela" pessoa, mesmo que não saibamos minimamente o que procurar, mesmo que no fundo estejamos demasiado escondidas e encolhidas para sermos encontradas. </span></div><div style="line-height: 16px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">E quando se encontra alguém que preenche os requisitos (porque hoje em dia até a paixão tem de se sujeitar a testes de compatibilidade) chama-se de amor, jura-se a eternidade e oferece-se a lua com um lacinho. E se as coisas não correm bem, porque quando o assunto é sentimentos o terreno é sempre instável e selvagem, cai-nos o mundo em cima e chove-nos pelos olhos. É que encontrar companhia para as noites frias de Dezembro e que ainda por cima nos chama de "minha querida", não é tarefa fácil. Mas se tudo corre bem, mulher que é mulher desconfia. Já se sabe como é, os homens são todos uns patifes da pior espécie e se nos tratam como princesas é porque já fizeram alguma. É por culpa. Só pode. </span></div><div style="line-height: 16px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">Por isso é que o amor, por mais que seja procurado e desejado, não vinga. Porque ou é visto como uma espécie de mito grego apenas destinado aos mais iluminados ou é descartado como um guardanapo usado, entre diálogos amargos e pratos voadores. </span></div><div style="line-height: 16px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">E se tudo correr mal, toma-se uma aspirina e continua-se à procura.</span></div><br class="Apple-interchange-newline" />Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-36307412625857293212012-04-12T20:33:00.002+01:002012-04-12T20:33:48.161+01:00<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="480" src="http://www.youtube.com/embed/ycrhIpd4ZWU" width="853"></iframe><br />
<br />
<span style="color: #666666; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 21px;"><i><br />
</i></span></span>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-364112798168929322012-03-08T22:25:00.000+00:002012-03-08T22:25:14.240+00:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Tens a alma presa por arames e arco-íris, paradoxos entrançados e fundidos com melancolia e sorrisos. És a antítese do terreno e desconfio que és feita de suspiros fugidios que se perderam de alguém. Tu, minha pequena flor-de-lis, és abstracta e imaterial – obra de arte virada do avesso, obra-prima do caos. Coração feito de ausências e paixões desmedidas, com janelas para o mundo porque corações fechados são corações que já morreram. <span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> Tu que amas com os olhos fechados e o peito aberto, utilizas o orgulho como redoma de vidro – protecção ilusória de quem se recusa a quebrar. Não quebras mas esfolas-te, arranhas os joelhos e os sonhos de todas as vezes que cais por te terem roubado as asas. Mas não cedes. És anjo caído, mas nunca vencido. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;"> És uma hipérbole com nuances de eufemismo - fragilidade em bruto, bailarina que dança à beira do abismo, amor platónico. És a perfeição alienada do mundo e eu não podia gostar mais de ti.<o:p></o:p></span></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Matthew</span><span style="font-size: small;"> <o:p></o:p></span></span></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-28712652064458066872012-02-26T03:01:00.000+00:002012-02-26T03:01:15.068+00:00<div style="text-align: justify;"> Dizes que eu sou toda coração e que é por isso que os meus joelhos se esfolam tão facilmente. Eu digo que não, que sou humana, terrena, pequenina. E tu ris, oh como ris, da minha ingenuidade e sussurras que eu me faço pequena para disfarçar a minha grandeza, para hiperbolizar a minha fragilidade e me esconder em ti. E eu vou acreditando.</div><div style="text-align: justify;"> É fácil acreditar em ti, sabes? É fácil confiar nas tuas mãos que têm o tamanho do mundo e perder-me nos teus olhos sem fim. Perco-me sempre nos mundos que inventas só para mim, para eu nunca fugir para outra realidade diferente de ti. Como se eu alguma vez fosse capaz de abandonar a esperança que te corre nas veias, como se eu alguma vez deixasse o teu peito que me serve de abrigo em plena tempestade. Como se eu alguma vez pudesse abdicar do amor incondicional que me dás.</div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-40460564776361933062012-01-29T23:24:00.000+00:002012-01-29T23:24:05.145+00:00<div style="text-align: justify;">Acendes um cigarro e sorris-me em jeito de provocação. Não resistes em voltar mais uma vez, mesmo sabendo que voltarás a partir; e eu não resisto a deixar que voltes, mesmo sabendo que é temporário, que te limitas a alugar o meu coração, qual casa de praia à beira-mar. Habitas em mim para fugir à hipotermia sentimental que te sufocou o coração. E eu vou deixando, vou-me deixando seduzir pela esperança vã de que o meu estoicismo emocional seja como um estalo que acorde a tua alma. </div><div style="text-align: justify;">Mas tu apagas o cigarro e lembras-me de que não se pode acordar quem finge estar a dormir; relembras-me que não és vítima dos teus demónios, mas o teu próprio fantasma. E eu não te posso salvar, apenas te posso dar abrigo; não posso salvar quem não quer ser salvo. Apagas o cigarro e queimas-me as entranhas. Dou por mim perguntar-me se a tua partida irá doer tanto como a tua chegada -a tua proximidade magoa quase tanto como a tua ausência. </div><div style="text-align: justify;">Podes ficar o tempo que quiseres. Apenas te peço que quando saíres deixes as janelas abertas - só para arejar os quartos do meu coração abandonado.</div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-45031731358416876272011-11-13T20:49:00.000+00:002011-11-13T20:49:23.157+00:00<div style="text-align: justify;"> Afogo-me na tua ausência, meu querido. Aprendi a (sobre)viver sem ti, mas quando me assaltas o pensamento e me recordo do que é ser essência em bruto, alma despojada e sem máscaras, é inevitável morrer um bocadinho. É inevitável morrer, ensinaste-me tu. Não se pode fugir da morte, portanto parei de fugir da vida. </div><div style="text-align: justify;"> Tenho tanto para te contar, tanto para te mostrar. Ainda tínhamos mundos infinitos para dar um ao outro, não tínhamos? Era fácil alienar-me do universo quando me perdia nesses teus olhos cor de mel que me faziam dar-te tudo o que não sabia dar a mais ninguém. Gosto muito de ti, dizias tu baixinho, que quem fala alto é porque não tem nada de importante a dizer. Gosto muito de ti, sussurravas tu, e eu acreditava. E eu acreditava em tudo o que me dizias, em tudo o que os teus olhos me gritavam no silêncio das horas. </div><div style="text-align: justify;"> Fazes-me falta, é só isso. Fazes-me falta, especialmente agora que faz tanto frio e é inevitável chover dentro de mim. É que, sabes, eu vou sempre gostar de ti, e se eu pudesse voltar a dizer-to, dizia muito baixinho enquanto te abraçava os sonhos que deixaste por realizar, só para tu teres a certeza de que isto é realmente importante. Só para tu nunca te esqueceres que nós somos verdadeiramente especiais. </div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-9928857256581426832011-10-28T00:14:00.001+01:002011-10-30T18:58:47.004+00:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB25PeSnWzcfTsdpQ-TJVr_oqjjVuLr7OfK0N_TcxiQStJ4TdJVkza_49n_M2ZnbNHvqHaguEZ0c-i4IRW6Np_O-zxDkT_Y_oMFkPRgEP768nK0Om-8fl58zOcT811eteG-l2eP6iOBah_/s1600/ggg.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB25PeSnWzcfTsdpQ-TJVr_oqjjVuLr7OfK0N_TcxiQStJ4TdJVkza_49n_M2ZnbNHvqHaguEZ0c-i4IRW6Np_O-zxDkT_Y_oMFkPRgEP768nK0Om-8fl58zOcT811eteG-l2eP6iOBah_/s400/ggg.jpg" width="400" /></a><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;">Hoje estou cansada e, por isso, podes ficar. Só por hoje deixemo-nos de jogos mentais, ilusões cuidadosamente plantadas e de montanhas-russas emocionais. Hoje estou cansada, não precisas de me seduzir; fica apenas comigo e faz-me esquecer o turbilhão de sentimentos contraditórios que me consome. Larguemos as máscaras, meu querido. Larguemos as máscaras que de heróis temos pouco e a carne é fraca. Oh como é fraca a carne que desejamos tão desesperadamente – o meu corpo no teu, a tua vida em mim. Deixa-me ser fraca, só hoje que estou cansada e não me apetece fugir dos teus lábios. Deixa-me ser humana, sair do pedestal e refugiar-me nesse teu corpo que é quase meu.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Hoje estou cansada, cansada de fingir que não te quero, que não te desejo, que não te amo. Hoje ficamos juntos e eu amanhã prometo que volto a fingir que não quero saber. <o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal"><br />
</div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-35890588261087702102011-10-12T23:19:00.001+01:002011-10-13T20:05:54.530+01:00<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdknnYPAKEVWBDWg2suysE4cQQmFJkqab_7uGcHcSroKY8vZ5FJdKT1YLA-Lg198K1I-PQBOJAsZiGQEEv0Qy96U-CTtgAZgGX2rCLFxga9pvLSxYQMRgYPUp6ztyigYTrF8tBM88TZl-J/s1600/lovel.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdknnYPAKEVWBDWg2suysE4cQQmFJkqab_7uGcHcSroKY8vZ5FJdKT1YLA-Lg198K1I-PQBOJAsZiGQEEv0Qy96U-CTtgAZgGX2rCLFxga9pvLSxYQMRgYPUp6ztyigYTrF8tBM88TZl-J/s400/lovel.jpg" width="400" /></a>Se eu pudesse ter-te ia dito que não partisses, que ficasses comigo. Esqueci-me do coração contigo e tu partiste sem te lembrares de mo devolver; esqueceste-te de tanta coisa, meu querido. E agora o meu coração jaz no teu corpo despido de amor, afogado no mar de corpos que te aquecem a noite e te esfriam a alma.</div><div style="text-align: justify;">Antes andavas sempre em mim, em correrias desenfreadas e danças caóticas. Agora sufoco no vazio da tua ausência - tão cheio de nostalgia, meias-palavras e sentimentos pisados que se transforma num vácuo infinito onde não existo. Sempre fomos de antíteses e paradoxos, não fomos?</div><div style="text-align: justify;">Hoje funcionamos à base de ausências cuidadosamente planeadas e saudades meticulosamente medidas. Ai de nós, farrapos emocionais, se nos damos ao luxo de sentir mais do que podemos controlar, mais do que os nossos frágeis corpos conseguem aguentar. Adaptei-me a ti, sabias? Eu, hipérbole em bruto, tornei-me mero eufemismo, apenas para caber no espaço que me destinavas, sem nunca notar que nem preenchias o que te havia reservado, que nem me sabias sarar as feridas. Falavas das minhas emoções exacerbadas, mas tu é que acreditavas no amor, tu é que me querias vender esse falso amor que nunca procurei; tu, meu querido, é que não sabias gostar de mim por teres essa necessidade infantil de me amares. </div><div style="text-align: justify;">Fazes-me falta, essa é a verdade. És impossível e era tantas as vezes que não te suportava que quase me esquecia de gostar de ti, que quase me esquecia que não sabia, nem sei, viver sem ter a tua mão na minha. Fazes-me mesmo muita falta e eu preciso que voltes, nem que seja só para devolveres o coração que me esqueci em ti.</div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-89445143001472818492011-10-04T17:07:00.000+01:002011-10-04T17:07:03.962+01:00<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc6y6moj9071ea3uqwdInvTmNH_1M9yHwl5_k0CteQRTP25RzGgGCzB8QEOvcDYJkB7Cy2pu4bpZPMwqXaZnsxxi3nfmKStshHj88hG2Qk-bW3Mi5TukdTMCMyWrKdajPUr5D9gOBM7Br1/s1600/ll.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc6y6moj9071ea3uqwdInvTmNH_1M9yHwl5_k0CteQRTP25RzGgGCzB8QEOvcDYJkB7Cy2pu4bpZPMwqXaZnsxxi3nfmKStshHj88hG2Qk-bW3Mi5TukdTMCMyWrKdajPUr5D9gOBM7Br1/s400/ll.jpg" width="400" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"><span style="line-height: 115%;"> <span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Às vezes sinto-me tão frágil, Matthew. Quase tão frágil como tu me idealizas, tão despida e transparente como não sei ser. E relembro-me de todos os amores que rasguei, de todas as vezes que arranhei os joelhos e o orgulho, sem nunca amachucar o coração. Relembro-me do teu jeito, de todos os teus gestos e olho-me num espelho onde não me reconheço. </span></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit; line-height: 18px;">Sinto-me tão pequenina, às vezes. É como se a minha alma não fosse mais do que um borrão de sentimentos abstractos e distorcidos e o nosso amor se afogasse no vácuo que nele existe. Sou como um suspiro fugidio que avança contra o vento, não sou?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"> Sinto-me tão frágil quando te sinto longe por estares tão perto. A tua ausência em mim é quase tão brutal como a tua excessiva proximidade. Ohh fico tão despida quando a chuva dissolve os meus medos, as minhas inseguranças. Matthew, o que seria eu se não fosse tua? Se não coubesse entre os teus dedos e não andasse descalça no teu coração?</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"> </span></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">Às vezes sinto-me tão frágil que só me apetece esconder-me em ti e em ti ficar para sempre. Ou, pelo menos, até à próxima primavera.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: right;"><span style="line-height: 115%;"><i><b><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;">O amor é isto, não é?</span></b></i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"><o:p></o:p></span></span></div></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-10252190887938484152011-09-30T23:38:00.000+01:002011-09-30T23:38:16.600+01:00<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEUEAlWWmEBjvU08t6wfkUNY1aBvfJ5yM5iQDlF6fvpmEuQIi3xmPGaAMRBW7rZeW1w3hn7eMd1x5w-IG42j1WFn41_Um5q8KqHOhqVcDCtZlQg1U-xmf5wI4Crdor8RZ0Lxq9ZW1-GaRh/s1600/lovee.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEUEAlWWmEBjvU08t6wfkUNY1aBvfJ5yM5iQDlF6fvpmEuQIi3xmPGaAMRBW7rZeW1w3hn7eMd1x5w-IG42j1WFn41_Um5q8KqHOhqVcDCtZlQg1U-xmf5wI4Crdor8RZ0Lxq9ZW1-GaRh/s400/lovee.jpg" width="400" /></a>É tão complicado compreender-te quando te fechas nesse casulo emocional e finges ter perdido o coração. É como se te esquecesses que esse coração que bate dentro de ti me pertence e que de cada vez que o descuidas eu morro um bocadinho. Quantas vezes já morri em ti?</div><div style="text-align: justify;">Gosto muito de ti, sabias? Gosto de ti como se gosta de uma flor, de um lugar, de um gesto. Gosto de ti de uma forma simples, como só eu sei gostar. É que, meu querido, o amor sufoca-nos a alma e eu não quero isso. <i><b>Não te consigo amar porque gostar tanto de ti, por gostar demasiado de ti. </b></i>Quantas vezes já morreste por não compreenderes a minha afeição por ti?</div><div style="text-align: justify;">Morremos tanto um no outro, não morremos? Desencontramo-nos tantas vezes que quase me esqueço do sabor da tua pele, do teu cheiro em mim. Perdemo-nos tantas vezes, meu querido. São tantos estilhaços de alma no chão dos nossos corações. É como se funcionássemos em tempos diferentes e dançássemos um com o outro em ritmos opostos. Quantas vezes já morremos por não sabermos amar em uníssono? Quantas vezes nos desvanecemos por não sabermos ser um só?</div><div style="text-align: justify;"><i>Lembra-te só que eu gosto muito de ti, está bem?</i></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-17492272832874916212011-08-30T02:42:00.003+01:002011-08-30T02:51:25.693+01:00<div style="text-align: justify;">Escapaste-me pelos dedos finos e trémulos e eu não soube como te salvar. Morreste longe de mim e, apesar disso, ainda te sinto a andar pelo meu coração em correrias desenfreadas, como se não tivesses todo o tempo do mundo, como se a eternidade não te fosse suficiente. Tenho saudades tuas, sabias? Sinto falta de quando sorrias com o corpo todo ou simplesmente te transformavas naquilo que eu realmente precisava. Sinto falta de como me explicavas a mim mesma e dizias que funcionava ao contrário, num ritmo só meu, num tempo que mais ninguém tinha. Tenho saudades de como me abraçavas e o meu corpo se moldava ao teu, como se não fosse mais do que algo criado para ti. Oh como eu sinto a tua falta, meu querido. Mas tu estás morto e se a vida não volta atrás, a morte também não tem remédio. A morte é tão descabida e caprichosa, não é? Pior só esse teu deus - às vezes tenho vontade de lhe gritar, às vezes só tenho vontade de o insultar de todas as formas que sei, mas nenhuma das duas faria sentido, não quando já não acredito na sua existência. E, por isso, limito-me a rir quando dizem para rezar por ti, como se algo tão grandioso como a tua alma pudesse estar sobre a protecção de um qualquer deus inútil. E se ele de facto estiver contigo então que me perdoe porque eu não consigo perdoá-lo. Tenho tanto para te dizer, mas a tua morte ainda me é estranha. Tenho tanto para te dizer, mas sinto-me estúpida por não saber se me consegues ver. De qualquer das formas vou deixar crescer o cabelo, sempre gostaste dele comprido, não foi? Tenho saudades tuas, mas estou a tentar ser forte. Morro por não te ter comigo, mas quero que saibas que estou bem. Escapaste-me pelos dedos, mas não do coração. Amo-te, sempre.</div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-6730430541337124072011-07-07T16:14:00.000+01:002011-07-07T16:14:16.456+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCwl6_B32JguFt1aW1N3DdiIUmrfuDXF0VbFwDrkpcBUJF9-Vu64IYHeA1BFhnfK_bycncePKBHWyp771Q8d7TbbNi9hNjpDkJhS3JsW2qvw7tsSLyXk_JWzG5BvW8LCl2qYWLdDKcEbYv/s1600/kk.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCwl6_B32JguFt1aW1N3DdiIUmrfuDXF0VbFwDrkpcBUJF9-Vu64IYHeA1BFhnfK_bycncePKBHWyp771Q8d7TbbNi9hNjpDkJhS3JsW2qvw7tsSLyXk_JWzG5BvW8LCl2qYWLdDKcEbYv/s400/kk.jpg" width="400" /></a></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: PT;">Não quero que me faças grande, quando sou pequenina, quando caibo nas tuas mãos e me escondo nos teus cabelos. Não quero que me faças mais do que sou, porque sempre que acreditas nisso o meu coração quebra um bocadinho. Eu sou pequenina, Matthew, o meu amor por ti é que é grande, grande demais para caber em mim, grande demais até para ti. E por isso acaba por ser de ninguém, acaba perdido nas ruas, moribundo e a morrer de frio. <i>Porque é que nem a demasia nos é suficiente? </i>E eu gosto quando dizes que gostas dos meus olhos, mesmo quando nem sabes o que eles vêem, e gosto quando dizes que gostas de mim sem saber o borrão emocional que me tornei, ou do peso que o meu coração carrega.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Mas eu sinto-me tão leve contigo, Matthew. É tão fácil gostar tanto de ti, sem nunca te chegar a amar. É tão fácil sentir saudades tuas quando estás comigo ao fim da tarde. E talvez nunca te venha a saber mais do que isto, e talvez nunca venha a descobrir se és Outono ou Primavera ou se és feito de chuvas de Verão ou de ventos de Inverno. Talvez nunca te venha a saber de cor. Mas, Matthew, gostar tanto de ti, torna fácil fingir que te amo.<o:p></o:p></span></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-130630137463848202011-06-14T02:08:00.002+01:002011-06-14T22:51:44.507+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUbNPS2SxtRwm7I9Auw0stMie5UUhdM5yz7Xw0UBa87E1uWybPn7rxFvPr3GgsAJ0zaItDeRghT1DEsLOm00k9_fudLfx_04dqYOeDElzyKVc0RDUpwsCq_RyZsfFDns-M2Zvuh0qEfHzL/s1600/-----.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUbNPS2SxtRwm7I9Auw0stMie5UUhdM5yz7Xw0UBa87E1uWybPn7rxFvPr3GgsAJ0zaItDeRghT1DEsLOm00k9_fudLfx_04dqYOeDElzyKVc0RDUpwsCq_RyZsfFDns-M2Zvuh0qEfHzL/s400/-----.jpg" width="400" /></a></div><br />
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 14px;"></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Querida Nicole; <o:p></o:p></span></span></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Hoje vi-te, pela primeira vez em anos: Estás igual, com os cabelos castanhos-escuros levemente despenteados e os olhos brilhantes. Ainda és a mesma menina-mulher de passos leves e movimentos delicados, ainda danças pelo meio das ruas - vi-o eu – e trazes o mundo nas mãos, bem aconchegado entre os teus dedos pequeninos. A vida não passou por ti, passaste tu por ela, minha pequena flor-de-lis. Ver-te relembrou-me das saudades – oh que saudades - que tenho de olhar para ti e decorar cada traço teu. Encontrar-te relembrou-me de como o mundo já me pertenceu e do quão forte fui para abdicar dele.<o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Ver-te assim, leve e sorridente, quase me fez esquecer do monstro que fui e de em quantos fragmentos te quebrei. Agora que penso nisso, abdiquei do mundo para te fazer feliz e, minha querida, ver-te hoje, fez todos estes anos valer a pena.<o:p></o:p></span></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;"><br />
</span></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Com amor;<o:p></o:p></span></span></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Matthew<o:p></o:p></span></span></div></div><div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-62934928365963068212011-05-27T00:18:00.001+01:002011-06-14T02:09:06.225+01:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJLG-jXREe_h0uklQxX6tESIgHhHN7Thv5vuwQMIZKaCb1eSGSTk3V3TUn0xxQnROrzPHyYg2jLoUTzX2Sk3Chpv4gCyf6ejeiqiv03Ga17JBAC0DMiZ-JmL9BrfkolrSARdLiahdJKGP_/s1600/pretty.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJLG-jXREe_h0uklQxX6tESIgHhHN7Thv5vuwQMIZKaCb1eSGSTk3V3TUn0xxQnROrzPHyYg2jLoUTzX2Sk3Chpv4gCyf6ejeiqiv03Ga17JBAC0DMiZ-JmL9BrfkolrSARdLiahdJKGP_/s400/pretty.jpg" t8="true" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Sempre admirei essa tua capacidade de amar tudo, sem nunca te prenderes a nada. Sempre tiveste essa leveza de suspiro fugidio que não se quer entregar, que recusa desvanecer-se. E vais gostando do mundo todo, de toda a gente e de ninguém, e vais-te apaixonando vezes sem conta, sem nunca te entregares a nenhuma alma estilhaçada. E vais vivendo nesse caos esborratado que a tua vida à luz do dia -<em> bem sei que sempre gostaste de viver debaixo das luzes da noite</em>. E eu vou gostando de ti, como não consigo gostar de mais ninguém, e vou gostando de ti porque gosto da maneira como gostas de mim, sem nunca esperares que te dê nada em troca, sem esperares o que tu não sabes dar.</span></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-87958610274570071922011-05-23T16:46:00.002+01:002011-05-23T19:08:32.524+01:00<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">Não, não sou vulgar. A vulgaridade assusta-me, tudo o que é comum me repugna, mas às vezes dou por mim fascinada pelas coisas mais ordinárias e banais. Já me disseram que sou um paradoxo, sem nunca ser uma antítese no sentido literal, mas também já me disseram que não sou mais do que uma alma perdida e cheia de nuances. Quanto a mim, acho que sou um bocadinho dos dois, ou talvez muito de cada um. Gosto de me perder, só para provar que me consigo encontrar, só para provar que me conheço a fundo, mesmo não sabendo nada de mim, mesmo não sabendo coisa alguma de coisa nenhuma. Sou meio louca, meio instável, muito feliz. Não procuro nenhuma fórmula mágica que alivie todas as dores, não busco qualquer tipo de perfeição ou satisfação permanente, ambas acabariam por me aborrecer. Procuro antes a satisfação momentânea, ainda que não seja instantânea, nos locais mais estranhos, nas pessoas mais descabidas. Já mencionei que tenho um fascínio por tudo o que me ultrapassa, por tudo o que não compreendo? É, tenho. Tenho muita coisa e talvez não tenha nada, quem tudo tem sem saber o que possui, acaba por ter pouco, não é? Perco-me com frequência nos meus pensamentos e a minha atenção é cativada pela coisa mais insignificante, mas muitas são as vezes em que não reparo nas coisas maiores (que nem por isso são melhores). Há quem diga que sou a personificação da distracção, mas não me vejo como personificação de nada, isso seria dar-me uma definição, estabelecer um qualquer limite. Não, eu não tenho nada disso. Tenho um coração gigante, que muitas vezes está quase vazio, mas, em jeito de aviso vos digo que quando entram nele é realmente complicado saírem. Tenho uma alma disfuncional e caótica que, apesar de tudo, tem uma beleza quase irreconhecível, quase incompreensível. Já me disseram que tenho alma de poeta ou de artista, mas não tenho alma de coisa alguma. Tenho um orgulho gigante que funciona como uma espécie de redoma protectora, como uma espécie de filtro. Faço as associações mais estranhas e lembro-me das coisas mais insignificantes, mas, por favor, não me peçam para decorar datas, era mais fácil se me pedissem para vos entregar a lua. Já mencionei que tenho a lua no quarto e o sol no armário? Pois, esqueço-me com frequência das coisas, mas nunca as consigo esquecer permanentemente. Dou por mim a rever os momentos mais dolorosos, mais difíceis de esquecer, vezes sem conta só para decorar o brilho que os meus olhos tinham nesse momento, ou o modo como a minha voz se mostrou firme quando esperei que falhasse. Não sou masoquista, sou incapaz de me magoar propositadamente, mas acredito que é com a dor que se cresce, que é com a dor que se aprende. Contudo, ao contrário do que toda a gente diz, não acredito que seja o tempo que nos cura as feridas. Não acho que o tempo seja algo importante, não acho que tempo seja algo essencial, afinal, o tempo limita-se a passar. O tempo é só um (pre)conceito que as pessoas criaram na tentativa (vã) de se organizarem e de imporem regras que lhes ofereçam algum sentimento de familiaridade. Gosto desse sentimento, o da familiaridade, mas seria incapaz de o associar a uma qualquer rotina imposta por terceiros.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial", "sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT;">A verdade é essa. A verdade é que não sou muito, nem sou pouco, não sei nada, mas sei mais que muita gente. Tudo me atravessa, mas nada me descobre, ninguém me conhece, mas muitos gostam de mim. Sou assim, um ser incompreendido à procura de qualquer coisa que provavelmente nem existe. <u><em>Recuso adjectivar-me porque isso seria colocar-me numa categoria à qual não pertenço. </em></u></span></div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-89616492034740033252011-05-03T18:55:00.000+01:002011-05-03T18:55:43.873+01:00UtopiasChora-me a tua alma, <br />
chora-a com a calma <br />
do mundo que aprendeu a mudar<br />
sem, no entanto, girar.<br />
<br />
Grita-me aos ouvidos<br />
esses desesperados gemidos<br />
de quem quer viver,<br />
sem nunca chegar a sofrer.Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-72155015421869110682011-05-02T22:34:00.000+01:002011-05-02T22:34:25.351+01:0009.04.2011<div style="text-align: justify;">Ainda estou magoada, o meu coração de papel foi amachucado e rasgado – não é fácil reciclá-lo, sabes? Mas, apesar de tudo, estou a tentar fazê-lo. Tu tens esse poder, tens o poder de me fazer esquecer que ainda estou ressentida e magoada contigo, que ainda tenho o orgulho em estilhaços e o coração esfarrapado. E, sinceramente, ainda não percebi se isso é bom ou não.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu sei que não fizeste de propósito, sei que nunca foi tua intenção magoar-me desta maneira, sei que nunca quiseste desiludir-me, mas fizeste-o. Também sei que a culpa não é inteiramente tua, sei que não tem sido fácil lidar comigo nestes últimos tempos, sei que a nossa amizade sofreu com as minhas mudanças, com a minha dor quase constante, mas eu esperava que soubesses que era por isso mesmo que precisava tanto de ti naquele momento. Eu sei que não tens culpa que me esteja a desfazer constantemente, sei que, provavelmente, nem consegues aliviar o pânico que me assalta a toda a hora, mas talvez, só talvez, tudo melhorasse com um abraço sincero, com a certeza de que estás presente. Mas não estiveste, nem sei se estás, contudo, o que me custa mais é não saber se queres estar sequer. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eu compreendo que não estejamos em sintonia, que as nossas vidas estejam desfasadas e que, por isso, já não te identifiques tanto comigo. Compreendo que tenhas encontrado outra pessoa para preencher o vazio que eu te deixei, mas gostava que compreendesses que se existe alguém capaz de me fazer regressar, alguém que consegue melhorar temporariamente o meu estado, és tu. Sabes, consigo perceber completamente que te tenhas afastado um pouco de mim, consigo compreender que estejamos distantes, não aceito é que desistas de mim à primeira dificuldade, não percebo como consegues simplesmente virar as costas no momento em que mais preciso. Não compreendo como a minha dor te pode ser tão indiferente, não compreendo como não te custa minimamente ver-me assim a definhar por uma réstia de força, por um pouco de esperança, por um sinal que me faça acreditar que tudo isto vale a pena. Não percebo como te consegues distanciar de tudo isto, porque se fosse o contrário eu não conseguiria. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sabes, no fundo é isso que me magoa. O que me magoa é a certeza de que se fosse o contrário eu não te iria deixar sozinho, independentemente do quanto mudasses, do quanto te desligasses, do quão triste ou apático estivesses. O que me magoa é saber que lutaria até ao final por ti e tu nem tentaste lutar por mim. É essa certeza que me custa. Custa-me saber que tentaste preencher o vazio de mim com outra pessoa, sem tentares primeiro recuperar-me. Custa-me ver que o meu sofrimento te passa ao lado e que consegues ser perfeitamente feliz sem mim, sem sequer sentires a minha ausência. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não sinto raiva de ti, não estou chateada contigo, mas estou magoada. Posso ter-me tornado uma pessoa mais fria e independente e hoje ter a certeza que estou bem assim, que não preciso de ti para ser feliz, que não és de todo a minha vida, mas isso não significa que eu não te queira ter nela, não significa que não sou mais feliz quando estás comigo. E talvez seja por isso que ainda não desisti completamente de nós, apesar de já não estar a lutar. É que neste momento não tenho forças para isso, neste momento devias ser tu a lutar por mim, mas eu perdoo-te o imperdoável porque aprendi a ter fé. Se alguma coisa aprendi durante estes últimos tempos é que vale a pena ter fé nas pessoas, é que quase tudo vale a pena.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quero que saibas que gosto muito de ti, que para mim és uma das melhores pessoas que já conheci, que apesar de já não termos o que tínhamos eu acredito que talvez o consigamos recuperar. Acredito que se quiseres, tudo é possível. Contudo, isso não significa que já não esteja magoada, que olhe para ti da mesma forma, porque isso não é verdade. </div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-71622763247709098612011-03-29T20:29:00.000+01:002011-03-29T20:29:57.201+01:00<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAD7vpJmhVDySaXZiwWg2-5Ov4vWU0sLJZrEkdUrYLqdDQNZEfx9w9piKU8rqEIazSQhlkMHxgbn1HgsceHJkTHPvJD5d-mNJjBicPf7u1oFMpXN8xWUwEHshR5PGm168wDvUwCLILJQf/s1600/01.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; cssfloat: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAD7vpJmhVDySaXZiwWg2-5Ov4vWU0sLJZrEkdUrYLqdDQNZEfx9w9piKU8rqEIazSQhlkMHxgbn1HgsceHJkTHPvJD5d-mNJjBicPf7u1oFMpXN8xWUwEHshR5PGm168wDvUwCLILJQf/s400/01.jpg" width="400" /></a>«The scars of your love remind me of us, they keep me thinking that we almost had it all. The scars of your love they leave me breathless, I can’t help feeling we could have had it all”</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;">Não consigo evitar lembrar-me de nós de tempos a tempos, na verdade, lembro-me com mais frequência do que gostaria. Não consigo deixar de pensar como falhamos tão rudemente, tão ordinariamente, quando tínhamos tudo para dar certo, quando tínhamos tudo para atingir a utopia que é a perfeição.</div><div style="text-align: justify;">Lembro-me de ti sempre que falho, sempre que venço, porque por algum motivo a nossa história paradoxal adapta-se a todos os capítulos da minha vida, porque por alguma razão tu insistes em permanecer no meu coração quando já há muito que deixaste a minha vida. Será que deixaste mesmo? Estás sempre a partir e a voltar e eu aprendi a viver com a porta encostada e as janelas abertas. Aprendi a sentir-te aqui, comigo, mesmo quando não estás, porque tive de aprender a lidar com a tua presença ausente, ou ausência presente, como preferires. </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhndXbCrBVN-nzkG2YOLBumgjWe_VOjIswOxxoVIkzr8gZKStscb0veg3KdOpEKeqqfTvtkfaFyMpi1KQtmFDnZYN1HFZ0Fb0CXX7NC481H62W1sSUTWeeBoncb-idhGrgfOwM75OCoS_E3/s1600/81vW5as5Nneh0tio43ZwDCN4o1_400.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="275" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhndXbCrBVN-nzkG2YOLBumgjWe_VOjIswOxxoVIkzr8gZKStscb0veg3KdOpEKeqqfTvtkfaFyMpi1KQtmFDnZYN1HFZ0Fb0CXX7NC481H62W1sSUTWeeBoncb-idhGrgfOwM75OCoS_E3/s400/81vW5as5Nneh0tio43ZwDCN4o1_400.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: justify;">Não posso ser mais sincera do que quando digo que te desejo o melhor, desejo-te todo o bem do mundo e mais algum, e se estiveres melhor sem mim, então sou eu que te peço que fiques longe. Mas ambos sabemos que não estás melhor sem mim, pelo menos não até encontrares outra pessoa que olhe por ti. Às vezes esqueço-me que já és um homem, esqueço-me que tantas vezes és tu que olhas por mim, não é por mal, é simplesmente porque vemos fragilidade nas coisas que amamos, é apenas porque queremos proteger o que nos é querido. </div><div style="text-align: justify;">E eu sei que ninguém é de ninguém, que as pessoas não se perdem porque nunca se ganham, mas deixa-me dizer-te que tu és o que mais de meu tenho e tenho um medo horrível de te perder de vez. Não consigo viver com mais cicatrizes do que aquelas que já me deixaste, mas a tua partida definitiva seria uma chaga permanentemente aberta. </div><div style="text-align: justify;">Penso em ti mais vezes do que gostaria, mas nunca as suficientes para não ter saudades tuas, não as suficientes para me fartar de ti. Penso em ti mais vezes do que gostaria porque acredito que tínhamos tudo para dar certo, porque acredito verdadeiramente que tivemos o mundo nas pontas dos dedos e o deitámos fora. E isso dói.</div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-485592922565789077.post-88447702095269121682011-03-24T23:09:00.000+00:002011-03-24T23:09:53.831+00:00<div style="text-align: justify;">Sabes, estou cansada que me digam como agir, que sejam senhores de verdades baseadas no ar, que tenham mil soluções hipotéticas, que se comportem como se eu não estivesse a lidar com o problema. Estou cansada.</div><div style="text-align: justify;">É verdade que não sou perfeita, mas isto também não é algo simples, não é algo que se resolva do dia para a noite com meia dúzia de palavras. Tu não fazes ideia do pânico que é, do medo que sentes, não fazes ideia dos milhões de coisas que te assaltam o pensamento: tudo o que não disseste, tudo que não fizeste, todas as experiências que <i>ainda</i> não viveste, tudo elevado ao expoente máximo da dúvida. E ,de repente ,sentes um medo gigante de não ter tempo para nada do que querias fazer, sentes um vazio ainda maior porque quando não vês um futuro, quando não tens nada onde te agarrar e o amanhã cai no meio do vão, é complicado permaneceres seguro de ti e continuares a viver como se nada fosse. Adorava ser o tipo de pessoa que vive <b>só</b> o momento, que viveu tudo no presente e não deixou nada para depois, mas não sou - sempre pensei nas consequências e sempre acreditei que existe um tempo e um momento certo para tudo, agora sinto-me traída porque não sei se algum dia vou ter esse tempo. É complicado lidar com o lado efémero da vida, dói tomar consciência dele, porque começas a questionar tudo à tua volta e as coisas começam a perder um bocado o valor, começam a perder o sentido. Ficas com medo de não deixares nada quando partires, afinal viveste tão pouco, medo de seres esquecida, medo de que ninguém sinta realmente a tua falta - e sim esta é uma perspectiva egoísta, mas é a verdade. </div><div style="text-align: justify;">Tu não sabes o que isto é. Não sabes o que é andar afogada em comprimidos que tanto te dão para saltares de felicidade como para chorar como se não houvesse amanhã - é uma montanha russa emocional da qual não consegues sair, e só queres um bocadinho de paz, cinco minutos de calma para conseguires pensar. De repente, já nem consegues estar sozinha contigo mesma, porque parece que te afogas em ti, às vezes e como se deixasses de existir por instantes, e às vezes isso até sabe bem, mas depois o medo volta, e perguntas-te: e se um dia não houver nada que me traga de volta? se um dia já nada me fizer voltar a existir? Então, ligas-te a mil coisas, mil pessoas, mas a nenhuma. Só queres o conforto dos teus verdadeiros amigos, o abraço no fim de um dia complicado (ou no principio, ou a meio), só queres que alguém diga que gosta de ti e que não quer que tenhas medo.<b>É só isso.</b> Ocupas-te com mil coisas, porque sempre que páras, morres um bocadinho mais, sempre que páras tudo te consome, o medo apodera-se de ti e tu perdes-te na tua própria imensidão. É horrível. Não me quero fazer de vitima, mas e verdadeiramente horrível. </div><div style="text-align: justify;">Não te consegues concentrar, perdes um bocadinho da força de vontade, já poucas coisas te parecem valer a pena, começas-te a desligar do mundo e isso é triste. Às vezes só queres sentir alguma coisa, por pior que seja, alguma coisa que te liberte da apatia que tu mesma te impuseste. Mas, ao mesmo tempo, não queres chorar, não queres chorar porque sabes que assim que começares não acabas, porque vais chorar por todas as coisas que não deviam ter acontecido, porque não e justo ter-te acontecido logo a ti que sempre quiseste tanto viver e ser feliz, porque não e justo que ninguém pareça ouvir os teus gritos, e porque até Deus deixou de ser real para ti, e tu precisavas tanto Dele agora. </div><div style="text-align: justify;">Estou perdida. Há dias que me doiem verdadeiramente, que sinto que perco um bocadinho de mim, mas há outros que são mais fáceis, dias que me fazem feliz por um bocadinho. E não estou a dizer que seja infeliz, tenho vários momentos em que me sinto relativamente bem, só tenho pena de serem só momentos, de por trás dessa felicidade momentânea e quase superficial me estar a desfazer. E, sim sinto-me desamparada, sinto mesmo. Afastei-me de algumas pessoas que, como já te disse, eram importantes para mim, sinto-me desamparada porque toda a gente tem as suas vidas e não tem nada que se preocupar com os meus problemas, é absolutamente normal. </div><div style="text-align: justify;">Mas eu aguento-me, aguento-me como me tenho aguentado e vou aguentar. Contudo, por mais que eu goste de ti, ou por mais que gostes de mim, tu não fazes a mínima ideia daquilo que eu estou a passar, não sabes o que é viver assim, e a perspectiva de que tudo pode piorar assusta-me, assusta-me porque sinto que não tenho ninguém para me segurar se eu cair (até as melhores pessoas estão a desistir de mim e eu não posso julgá-los por isso, não depois de ter tido vontade de desistir de mim mesma). Portanto, apesar da nossa amizade ou de me conheceres, tu não tens o direito de me criticar ou julgar, não neste assunto, pelo menos.</div>Margarida C'http://www.blogger.com/profile/05111061746443222699noreply@blogger.com